No Brasil, 56% da população é negra, segundo o IBGE. Mas, mesmo com essa absoluta maioria, os padrões que predominam ainda carregam a herança colonizadora, em que os senhores de engenho brancos dominavam as riquezas e os negros serviam.
Depois de quase quatro séculos de escravidão, veio a Abolição, e dela já se passaram 133 anos, mas algumas amarras ainda existem por trás de simples sugestões como cortar ou alisar o cabelo para se adequar melhor àquela vaga de emprego. São sombras da história tentando tirar a luz das raízes africanas. Tentando fazer com que os negros encolham sua cultura para se encaixarem em padrões embranquecedores que os colonizadores inventaram no passado.
E esse passado precisa passar também.
No Dia da Consciência Negra, data criada para lembrar que Zumbi dos Palmares morreu porque queria viver livre com seu povo, O TEMPO publica abaixo a exposição do repórter fotográfico Fred Magno.
Impactantes, as imagens conceituais a seguir apontam dor e resistência e propõem reflexão.
“Que bloco é esse
Eu quero saber
É o mundo negro
Que viemos mostrar pra você
Branco, se você soubesse
O valor que o preto tem
Tu tomava um banho de piche, branco
E ficava preto também”
Verso de Paulinho Camafeu
Compositor da música “Ilê Ayê”, que foi sucesso nas interpretações de Gilberto Gil e O Rappa
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Data de publicação:
A partir de 20 de novembro de 2021
Produção, imagens e edição de vídeo:
Fred Magno
Edição de Imagens:
Daniel de Cerqueira
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